Na estreia do Corinthians na Libertadores 2025, o que se esperava era uma equipe robusta e dominante, pronta para mostrar sua força sul-americana. No entanto, o que vimos foi um time jogando “pro gasto”, subestimando adversários e desperdiçando uma oportunidade de ouro contra a Universidade Central da Venezuela, time tecnicamente inferior e com limitações claras.
A atuação do Corinthians foi uma mostra clara da arrogância que não tem espaço em competições como a Libertadores. O futebol não é apenas sobre ter os melhores jogadores ou maior orçamento – é sobre respeito, trabalho duro e, acima de tudo, eficiência dentro de campo. O técnico Ramón Díaz, com uma carreira renomada, certamente entende isso, mas parece que a mensagem ainda não foi assimilada pelos jogadores.
Em campo, a postura do time foi displicente, especialmente no segundo tempo, onde a equipe recuou de um jogo já morno, concedendo espaço e, eventualmente, um gol aos adversários. Em vez de consolidar uma vantagem, o Corinthians brincou com o futebol, mostrando um excesso de confiança que quase custou caro.
As performances dos laterais Mateuzinho e Hugo, bem como do zagueiro André Ramalho, também deixaram muito a desejar. As constantes falhas defensivas quase transformaram o que deveria ser uma simples partida de futebol em um pesadelo catastrófico. Isso sem falar na incapacidade do time de converter dominância em gols, um problema crônico que parece seguir a equipe.
O jogo serviu como um claro aviso: ou o Corinthians ajusta sua mentalidade e abordagem, ou enfrentará dificuldades severas mesmo antes da fase de grupos. Essa não é apenas uma questão de tática ou habilidade, mas de atitude. E mudar isso começa no vestiário, com o técnico e os jogadores assumindo uma postura de humildade e respeito pelo adversário, independentemente da disparidade técnica ou financeira.
Em suma, o resultado foi um empate que se sentiu como uma derrota. A torcida corintiana merece mais, especialmente considerando o investimento e a paixão que cercam este clube. Esperamos ver uma resposta positiva no jogo da volta, onde a única opção para o Corinthians deve ser uma vitória convincente e uma atuação respeitosa.