Corinthians: A Era Ramón Díaz em Julgamento

Quando falo de uma equipe como o Corinthians, espero ver futebol da mais alta qualidade, estratégias afiadas e uma paixão pela camisa que é inigualável. No entanto, a gestão de Ramón Díaz tem se mostrado um colossal ponto de interrogação. Não estou aqui para passar pano. Não desta vez. Se você, assim como eu, assistiu à performance desastrosa contra o Barcelona de Guayaquil, sabe exatamente do que estou falando.

Entre erros de escalação e experimentações táticas inoportunas, Ramón parece ter uma aversão a conhecer a própria equipe que gerencia. Testar formações em plena fase eliminatória da Libertadores? Um técnico precisa conhecer os limites para inovação, principalmente em jogos de alta pressão, e Ramón falhou isso memoravelmente.

Sim, é verdade, o Corinthians já demonstrou garra e técnica em outros tempos, mas o episódio recente na Libertadores foi um dos piores da história do clube. E isso é dizer algo, considerando a grandiosidade do Timão. A escolha pela tática com três zagueiros sem usar o melhor deles, André Ramalho, desde o início? Peculiar, imprudente, e, francamente, inaceitável. Ramón brincou de roleta russa com o coração da Fiel e perdeu.

Nem mesmo Memphis Depay, Breno Bidon, ou Yuri Alberto poderiam reverter a falta de conexão e estrutura no jogo sob a liderança de Ramón. Trazendo para frente, o principal problema parece descansar sobre os ombros do treinador. Se suas escolhas são a raiz do problema, então é ele quem deve ser questionado. E duramente.

Desafio lançado, caro Ramón: é hora de realmente conhecer sua equipe e dar ao Corinthians aquilo que a torcida merece. Se o histórico recente for um indicativo, suas próximas decisões podem muito bem ditar seu destino no clube. E que seja uma grande reviravolta, porque, sinceramente, até os mais pacientes entre nós estão começando a perder as esperanças. Por favor, não se trate mais de ‘salvar do rebaixamento’. O Corinthians é feito para glórias muito maiores do que estas.