Corinthians: Entre glórias e fracassos

Senhores, esse jogo com o Huracan foi um balde de água fria em toda a Nação Corinthiana. Perder em casa não é apenas um resultado negativo, é um golpe na confiança tanto da torcida quanto da equipe, que até então vinha de uma invencibilidade de 23 jogos. Vamos falar de falta de tática, vamos falar da falha individual terrível de Bidu e, sim, vamos questionar as escolhas do técnico Ramón Díaz.

O começo do jogo já deixou claro o tom que seguiríamos: um gol sofrido por um erro defensivo gravíssimo. E isso em apenas 5 minutos de partida! De fato, após um título, como o Campeonato Paulista, espera-se um impulso de energia, uma série vitoriosa que solidifique a posição da equipe. Porém, o que vimos foi uma performance que oscilava entre o mediano e o ruim, com um planejamento de jogo que parecia ausente e jogadas individuais pífias, especialmente pelo lado esquerdo com Bidu.

A escolha de Díaz em manter Yuri Alberto isolado na frente e mudar Carrillo, que havia sido um dos melhores do primeiro tempo, para uma posição mais defensiva no segundo tempo foi um erro crasso. Carrillo poderia ter sido o catalisador para uma reação, mas foi relegado a uma função que limitou severamente seu impacto no jogo. Ademais, as substituições feitas por Díaz apontaram para uma estratégia de ‘jogar pela janela’, buscando o ataque sem qualquer organização real, o que só piorou a situação.

Os jogadores, por sua vez, têm uma parcela significativa na responsabilidade por essa derrota. A atuação de Bidu foi simplesmente inaceitável, e ele não foi o único a falhar. Falhas de comunicação, falta de cobertura defensiva, e a incapacidade de converter as chances criadas acabaram por concretizar uma derrota em um momento crucial. Ainda assim, talvez o maior erro tenha sido do técnico Ramón Díaz, que pareceu perder completamente o controle das rédeas do time em um jogo que não só era ganhável, mas essencial para avançar na competição.

Conhecendo o Corinthians e sua vibrante torcida, sabemos que a exigência por resultados é alta e justificada. Após o apito final, restam reflexões amargas e a urgente necessidade de uma revisão estratégica total, tanto para o campeonato internacional quanto para o restante da temporada. Não se pode viver apenas de glorias passadas, como o recém ganho Paulistão. É hora de olhar para frente e ajustar o que for necessário – começando talvez, pela abordagem do técnico.