O Corinthians encontra-se em uma encruzilhada assustadora, e a solução parece tão distante quanto improvável. As pendências com os atletas Rodrigo Garro e Félix Torres, originadas na gestão anterior, mergulham o clube em um mar de dívidas que pode culminar em um indesejado transfer ban. Quem diria que problemas financeiros, tão comuns nos clubes brasileiros, transformariam a esperança de títulos em pesadelo administrativo!
O montante devedor ao Talleres e ao Santos Laguna supera a casa dos R$ 55 milhões, sem incluir juros astronômicos. Para um clube da magnitude do Corinthians, qualquer abertura para negociações deveria incluir a habilidade magistral de contadores e advogados para evitar um possível bloqueio de transferências. Seria este o momento de confiança total na gestão quanto à capacidade de resolver o problema, ou estamos à beira de um caos pré-anunciado?
A Corte Arbitral do Esporte já agendou audiências, prometendo não deixar a poeira assentar tão cedo. No final das contas, não há escapatória: ou o Timão desembolsa grana pesada ou verá suas movimentações de mercado paralisadas, o que seria uma catástrofe esportiva para suas ambições.
O que dizer de um elenco, que com tantos milhões em jogo, ainda precisa focar no futebol jogado dentro de campo, alheio ao burburinho econômico que ecoa nos bastidores? A volta de Gustavo Henrique ao setor defensivo é um alento, mas será suficiente para enfrentar um Fluminense em alta, especialmente com um ataque que aguarda mais coesão e regularidade?
Se alguns jogadores, como o Igor Coronado, por exemplo, buscam seus momentos de glória, o desafio está tanto nos pés quanto na cabeça, ao lidarem com uma camisa que vem pesando dia após dia. Se a sorte continuará ao lado alvinegro é incerto, mas o certo é que cada gol, cada passe terá o brilho contrastante de uma polêmica financeira pulsando de vexame e superação.
Neste cenário turvo, a esperança reside na determinação do elenco e na astúcia da diretoria para virar o jogo fora das quatro linhas. Até onde o Corinthians suportará essa pressão monstruosa, é a pergunta retórica que o futebol reserva para quem acha que já viu de tudo neste mundo.