Corinthians: Memórias de uma Cavadinha

O Corinthians vem colecionando resultados decepcionantes e seu último embate contra o Mirassol reflete bem a fase cambaleante do clube. O time alvinegro foi derrotado em um jogo que, para muitos, deveria ter sido vencido com facilidade, mas não foi o que ocorreu. Um dos momentos mais marcantes da partida foi a cavadinha errada de Memphis Depay em um pênalti crucial. Se o chute entra, ele teria sido aplaudido como gênio; do contrário, o erro fez com que ele se tornasse alvo de críticas severas dos torcedores.

Pode um único lance definir uma performance? Absolutamente. Memórias do recente e famoso “Pato no Dida” em 2013 ressurgiram na mente da Fiel. Em jogos como este, a audácia é um risco tanto para o jogador quanto para o técnico, que agora deverá lidar com as repercussões. Dorival, o técnico por trás do planejamento tático, deixou claro que as mexidas constantes no elenco são uma tentativa desesperada de encontrar equilíbrio em meio a um cansaço físico crescente.

Do outro lado do campo, o Mirassol não foi um saco de pancadas como muitos previram. Destaque para uma equipe que, mesmo estreante na Série A, mostrou-se bem organizada e pronta para qualquer desafio. A derrota do Corinthians, portanto, não foi uma fatalidade; foi o resultado de uma mentalidade equivocada que acredita que camisas e histórias ganham jogos por si só.

Os ajustes necessários: Dorival agora enfrenta escolhas difíceis. Trazer reforços parece necessário, mas essencial mesmo será ajustar a motivação e o foco dos jogadores. Já fora de campo, o técnico precisa se debruçar sobre o quesito físico, alinhando o preparo do time para evitar “preguiças” indesejadas em jogos cruciais. A confiança dos jogadores dentro do campo precisa ser restaurada, iniciando por Talles Magno e seus confrontos internos sem progressão.

Enquanto isso, os torcedores carregam dúvidas quanto às próximas partidas. Será que as mudanças incessantes do Dorival surtirão efeito? Será que Memphis ainda tentará ser o “gênio da cavadinha” quando um gol comum basta? A inconstância persiste e a necessidade de vitórias é mais urgente do que nunca. O clássico alvinegro necessita agir e resgatar a sua própria audácia e competência, pois camisas e heróis não vencem sem determinação. A recuperação poderá ser questão de tempo, mas será preciso não esperar que o tempo resolva.