Dorival e a dança das cadeiras no Corinthians

O Corinthians avança na Copa do Brasil, e essa é a boa notícia que todos queriam ouvir. Mas, o que está acontecendo sob o comando de Dorival Júnior precisa de um olhar atento. Será que a “salada tática” criada pelo técnico traz mais dúvidas do que certezas? O Yuri Alberto, protagonista da noite, salvou um jogo marcado por questionamentos.

Diante de um adversário da Série B, era esperado que o Corinthians mostrasse superioridade. E conseguiu, mas não sem tropeços e muitas experimentações táticas. Parece que Dorival Júnior quer reinventar a roda, movendo as peças sem muita eficácia. A defesa, antes criticada, agora mostra uma solidez que merece aplausos. No entanto, a frente é que as coisas perdem sentido.

Ranielli, um defensor nato, é visto quase como atacante, enquanto Maicon, que brilhou anteriormente como segundo volante, é forçado a um papel de primeiro homem. As posições parecem embaralhadas: o Coronado, um meia, aparece como ponta, Ángel Romero, longe do gol, lutando para se achar em campo, e o Carrillo, inicialmente caindo pela direita, sofre com a mudança de posições e função.

E no meio de tudo, Yuri Alberto, isolado, precisa de apenas uma oportunidade para mostrar seu faro de gol. O gol que garantiu a vitória veio assim, aproveitando uma das poucas oportunidades que teve, cortesia de uma mudança que aproximou mais os jogadores capazes de municiá-lo.

A expectativa cresce para ver se Dorival encontrará o equilíbrio e estabelecerá formas de jogo menos aleatórias e mais eficazes para que o talento presente em campo, como Garro e Memphis, possam ser aproveitados na sua plenitude.

Envolto em tantas inovações, resta saber se as polêmicas opções de Dorival Júnior encontrarão sucesso a longo prazo. Afinal, no futebol, o que conta é resultado. E enquanto os números continuam a seu favor, a torcida segura o fôlego e aguarda para ver como essa história se desenrolará.