O enigma do Corinthians sob Dorival Júnior

O torcedor do Corinthians está vivendo tempos difíceis. O desempenho recente do time, sob o comando de Dorival Júnior, não tem convencido nem os mais otimistas da torcida alvinegra. Dorival chegou há mais de um mês e, até agora, o time não mostra a que veio. O desafio maior do técnico tem sido dar ao time uma regularidade e um padrão de jogo que, até o momento, não se fizeram presentes.

Muitos falam sobre reconstruir o time a partir da defesa, e parece que Dorival está indo por esse caminho. O Corinthians, de fato, sofreu menos gols recentemente, o que pode ser visto como um avanço. No entanto, ainda há muito trabalho pela frente, pois um bom sistema defensivo sem um ataque eficiente raramente rende vitórias.

Uma luz no fim do túnel se chama Rodrigo Garro. Na última partida, ele entrou no segundo tempo e fez a diferença. Em apenas 45 minutos, o meia mostrou sua capacidade de alterar os rumos de um jogo. Criou jogadas, quase marcou gol e deixou claro que faz falta quando não está em campo. Garro deu ao Corinthians esperança de um jogo diferente, mais próximo do que a torcida deseja.

O problema é que, fora ele, o elenco tem se mostrado insuficiente. Há jogadores que estão muito abaixo do que podem e devem render. O Memphis Depay, por exemplo, não conseguiu ter impacto no último jogo, e a ausência de Yuri Alberto devido a lesão é sentida em campo.

Outro obstáculo enorme é o ambiente político do clube. A instabilidade e as pressões internas não ajudam no desempenho em campo e interferem direta ou indiretamente no comportamento dos jogadores. Isso reflete no jogo, especialmente quando precisamos de uma resposta rápida dentro de campo.

Então, como torcer no meio deste turbilhão? Os corinthianos terão que se apegar à esperança de que Dorival, com tempo extra para treinar a equipe durante as pausas internacionais e do mundial, encontrará finalmente a fórmula mágica. Aí sim, poderemos ver se o trabalho de reconstrução deste gigante do futebol brasileiro trará os frutos que a nação Alvinegra tanto almeja.

Nações Corinthians, a esperança pode ser a última que morre, mas é preciso ação, e um pouco de paciência, para que a mágica do futebol funcione.